A Carol e o Pedro...o Pedro e a Carol...eram o típico casal que todos adoram, as gargalhas sempre estavam presente, ela cantava, ele tocava piano, ela era bailarina e ele tocava piano.
Piano era a coisa que ele mais amava na vida, depois da Carol...e do Mingau, o gato dele, a Carol não gostava muito de ser bailarina, a mãe dela havia colocado a menina no balé com 4 anos, ai ela acabou acostumando, fazendo muitas amizades e foi ficando...ah..o Pedro amava o jeito como ela dançava.
Carol era alta, magra, dentes grandes, o cabelo era de poesia...caia nos ombros todo ondulado, com cachos nas pontas, bem bonito..de desconcertar seres mais distraídos, ela vivia rindo, mostrando o sorriso, falava alto e era efusiva em demasia, o Pedro, que era tão mais tímido as vezes fiava um pouco com medo daquela intensidade de mulher, mas ele adorava...
O Pedro também era magro, bem magro...o sorriso era mais discreto, agora os olhos...apesar de pequenos eram de tirar o ar, possuíam uma força de qualquer outra dimensão que arrastava tudo e todos, o cabelo caia até os olhos, era um liso não tão liso sabe? Desses que a gente bagunça e fica bonito...
Era um casal bonito demais, de dar gosto de ver, ele ia em todas apresentações de balé dela, quase saltava da cadeira quando Carol dançava sozinha no palco, e ela sonhava com as mãos dele tocando piano, acho que ele era a melodia do balé dela e ela era a partitura preferida dele.
Pois é, mas um dia ela resolver largar o balé...e não o Pedro...cansou...era tudo tão perfeito, tão cheio de medidas, ela era tão diferente daquilo...Carol era mais tango, flamenco..sabe? O Pedro ficou chateado, mas depois passou, ele continuava tocar...
O Pedro era discreto, a Carol não...a mãe dela queria que ela fosse assim, mas a garota não conseguia, falava alto e abraçava todos, os amigos adoravam toda aquela intensidade, todo aquele riso gostoso, mas o Pedro, apesar da timidez era adorado também, ele gostava de ouvir...e ouvia olhando nos olhos, e percorria todos os sentidos daqueles que falavam sem parar, era como se pudesse transpor toda aquela máscara superficial feita pelos mortais.
Quando estavam sozinhos, gostavam de escutar Tom Jobim deitados no chão da varanda, de andar nos trilhos velhos por onde passava um três antigo, ficavam imaginando histórias...delirando, devaneando, tomam chuva com freqüência, ele adorava o cabelo dela todo molhado..riam tanto...bebiam muito vinho, o Pedro ébrio era poesia pura, a pele branca ficava vermelha, e ficava um pouco efusivo, declamava sonetos e sussurrava alguns do Drummond no ouvido de Carol.
Claro que eles brigavam, o Pedro foi para faculdade, Universidade de São Paulo...ele foi fazer Física, queria ser professor...a Carol..foi fazer Artes Plásticas em uma pouco conhecida, o Pedro questionava o motivo dela nem ter tentando uma pública, ela se irritava, falava que não era tão inteligente quando ele, ele se irritava diante disso.
Brigavam porque a Carol fumava demais, ele jogava o cigarro dela fora, ela o chamava de maconheiro, falava que cada um tinha um vício e pronto, ele tinha vontade de enforcá-la com esses argumentos de papel. Brigavam porque ela faltava à faculdade e porque ele nunca teve coragem de tentar música, Carol falava que ele não tinha audácia, mas sempre se desculpavam, seja através de um poema do Neruda embaixo da porta dela ou um pavê de chocolate na mesa dele, óbvio que existiam conversas..e conversas...e abraços...e beijos...e beijos...e beijos.
Ele amava o corpo dela, ela era louca pelo corpo dele, esguio...o pulso fino era o charme, ele gostava de desenhá-la, fazia os contornos com toda calma, e ela pintava os olhos dele sempre..quando acordavam juntos, conversavam desde física moderna ao mito de Narciso, falavam sobre dimensões diferentes, viagens no tempo, filmes, músicas, concordavam e discordavam e expressavam suas opiniões com toda a intensidade.
Ela gostava de ficar sozinha também, ele entendia e também precisava, Carol precisava escreve seus poemas cheios de sinestesia, o Pedro precisava compor, em inglês, alemão...e de vez em quando em português..não porque ele desprezava nossa língua, mas ele tinha um certo medo irracional de usá-la.
Acho que o Pedro começou falar bem mais depois que conheceu a Carol..e a Carol começou a ouvir mais..com os olhos depois de Pedro...
Ah....como eles se conheceram? Um dia desses eu te conto, ai aproveito e te obrigo a ir lá em casa tomar um café!
Ah...o futuro? Calma! Eu nem te contei o passado ainda...
Pedro, Carol...Carol e Pedro..feitos de poesia e gargalhas escandalosas, feitos de prosa e silêncio.
Assim como todos nós.
Piano era a coisa que ele mais amava na vida, depois da Carol...e do Mingau, o gato dele, a Carol não gostava muito de ser bailarina, a mãe dela havia colocado a menina no balé com 4 anos, ai ela acabou acostumando, fazendo muitas amizades e foi ficando...ah..o Pedro amava o jeito como ela dançava.
Carol era alta, magra, dentes grandes, o cabelo era de poesia...caia nos ombros todo ondulado, com cachos nas pontas, bem bonito..de desconcertar seres mais distraídos, ela vivia rindo, mostrando o sorriso, falava alto e era efusiva em demasia, o Pedro, que era tão mais tímido as vezes fiava um pouco com medo daquela intensidade de mulher, mas ele adorava...
O Pedro também era magro, bem magro...o sorriso era mais discreto, agora os olhos...apesar de pequenos eram de tirar o ar, possuíam uma força de qualquer outra dimensão que arrastava tudo e todos, o cabelo caia até os olhos, era um liso não tão liso sabe? Desses que a gente bagunça e fica bonito...
Era um casal bonito demais, de dar gosto de ver, ele ia em todas apresentações de balé dela, quase saltava da cadeira quando Carol dançava sozinha no palco, e ela sonhava com as mãos dele tocando piano, acho que ele era a melodia do balé dela e ela era a partitura preferida dele.
Pois é, mas um dia ela resolver largar o balé...e não o Pedro...cansou...era tudo tão perfeito, tão cheio de medidas, ela era tão diferente daquilo...Carol era mais tango, flamenco..sabe? O Pedro ficou chateado, mas depois passou, ele continuava tocar...
O Pedro era discreto, a Carol não...a mãe dela queria que ela fosse assim, mas a garota não conseguia, falava alto e abraçava todos, os amigos adoravam toda aquela intensidade, todo aquele riso gostoso, mas o Pedro, apesar da timidez era adorado também, ele gostava de ouvir...e ouvia olhando nos olhos, e percorria todos os sentidos daqueles que falavam sem parar, era como se pudesse transpor toda aquela máscara superficial feita pelos mortais.
Quando estavam sozinhos, gostavam de escutar Tom Jobim deitados no chão da varanda, de andar nos trilhos velhos por onde passava um três antigo, ficavam imaginando histórias...delirando, devaneando, tomam chuva com freqüência, ele adorava o cabelo dela todo molhado..riam tanto...bebiam muito vinho, o Pedro ébrio era poesia pura, a pele branca ficava vermelha, e ficava um pouco efusivo, declamava sonetos e sussurrava alguns do Drummond no ouvido de Carol.
Claro que eles brigavam, o Pedro foi para faculdade, Universidade de São Paulo...ele foi fazer Física, queria ser professor...a Carol..foi fazer Artes Plásticas em uma pouco conhecida, o Pedro questionava o motivo dela nem ter tentando uma pública, ela se irritava, falava que não era tão inteligente quando ele, ele se irritava diante disso.
Brigavam porque a Carol fumava demais, ele jogava o cigarro dela fora, ela o chamava de maconheiro, falava que cada um tinha um vício e pronto, ele tinha vontade de enforcá-la com esses argumentos de papel. Brigavam porque ela faltava à faculdade e porque ele nunca teve coragem de tentar música, Carol falava que ele não tinha audácia, mas sempre se desculpavam, seja através de um poema do Neruda embaixo da porta dela ou um pavê de chocolate na mesa dele, óbvio que existiam conversas..e conversas...e abraços...e beijos...e beijos...e beijos.
Ele amava o corpo dela, ela era louca pelo corpo dele, esguio...o pulso fino era o charme, ele gostava de desenhá-la, fazia os contornos com toda calma, e ela pintava os olhos dele sempre..quando acordavam juntos, conversavam desde física moderna ao mito de Narciso, falavam sobre dimensões diferentes, viagens no tempo, filmes, músicas, concordavam e discordavam e expressavam suas opiniões com toda a intensidade.
Ela gostava de ficar sozinha também, ele entendia e também precisava, Carol precisava escreve seus poemas cheios de sinestesia, o Pedro precisava compor, em inglês, alemão...e de vez em quando em português..não porque ele desprezava nossa língua, mas ele tinha um certo medo irracional de usá-la.
Acho que o Pedro começou falar bem mais depois que conheceu a Carol..e a Carol começou a ouvir mais..com os olhos depois de Pedro...
Ah....como eles se conheceram? Um dia desses eu te conto, ai aproveito e te obrigo a ir lá em casa tomar um café!
Ah...o futuro? Calma! Eu nem te contei o passado ainda...
Pedro, Carol...Carol e Pedro..feitos de poesia e gargalhas escandalosas, feitos de prosa e silêncio.
Assim como todos nós.
Ana T.
ps: A foto eu achei perdida na internet, muito bonito o desenho, não?
Câmbio/Desligo.
ps2: Feliz 2010, que a insanidade continue dando o ar de sua graça!