segunda-feira, 22 de setembro de 2008

histórias...


"Eu já não te vejo, muito menos de sinto.
as conversas ficaram para o dia seguinte, os assuntos sumiram assim como os nossos olhares.
as palavras se perderam em meio a nostalgia, o belo já não é mais compartilhado.
é, esse definitivamente não é a visão amena e sim a perturbação que sinto, que insiste em atrapalhar meu sono.
meu personagem favorito, com teus olhos expressivos.
sumiu das minhas histórias.
eu tento fantasiar, me esconder em pensamentos ilusórios, mas quando volto para o mundo real[?] tudo se desconcerta.
o que estou fazendo?
por que eu continuo nesse conto circular, sem conclusões?
desde quando os fatos foram esquecidos na saudade de uma história que não existe mais?
qual seria o motivo de tanto "parecer", tanta auto-afirmação, a essência sumiu.
tento achá-la no passado, nas músicas e nas lágrimas.
para, olha para frente, o passado não existe mais.
o que você está fazendo?
não é mais real, é ilusão. não tem mais ausência da luz, nem espreguiçar.
as pessoas não querem saber o que você pensa, nem o que você tem a falar.
mas nós insistimos em dizer...
presa, presa, a uma própria ilusão.
que me conforta.
me diz então, o que é que eu faço? as lembranças estão por toda parte, eu as respiro, me acalmam antes de entrar nos sonhos e me encontram durante os paralelos, mas elas não me deixam seguir, ou sou eu que não consigo me libertar?
já não sei viver sem minhas ilusões.
que talvez, um dia foram real.
vai saber se eu não estava preocupada entre minhas nostalgias.

não existe mais história.

por que eu continuo então?

Ana T. "

câmbio/desligo

Um comentário:

diri disse...

sobre sua última frase, preciso defender minha classe bem como meu emprego: LÓGICO QUE EXITE HISTÓRIA! AHAHAH (eu sei que não foi isso que voce quis dizer eheh). mas, falando em passado, um sujeito importante disse sobre ele: "o passado é um país estrangeiro". isso quer dizer que sempre o encaramos com estranhamento, para mesclar historia com antropologia. o passado não é palpável, ele só existe por meio de interpretações de fatos e processos, algumas generalizações (para que cheguemos mais perto dele) e um ou outro comentário irônico de algum filósofo.
seu post é bonito, meu amor, nostálgico como um domingo em são josé no açaí. que tal a gente se ver logo e passar uma tarde deitados no sofá covnersando, como se fosse um sonho? em algum momento em que eu não precisasse interpretar esse personagem que eu não sou. porque com você eu sou real.