domingo, 5 de fevereiro de 2012

pôr do Sol paulistano

Azul amarelo e cinza, mesclados, dançam em meio a gritos&buzinas um bolero qualquer! sussurram segredos sobre os mortais. Ninguém escuta. Ninguém se escuta. muito menos se entende. tropeçam nas palavras. engasgam com os acentos. gritam o silêncio.
Prédios, céu, fumaça, sol, aviões , acidentes, fumaça, hipocondríacos, cigarro....
Degustou o instante em que o sol rodopiou com as nuvens, flertou com os prédios e se escondeu atrás das montanhas. Queria descansar, mas era impossível. Do outro lado do mundo já era clamado.
A nostalgia invadia o corpo daqueles que ainda olhavam para o céu.
Prédios, crianças choravam desesperadas namorados brigavam - o todo acontecia repetitivamente - o todo - as mesmas ações e falas - ditas como em um ciclo vicioso, dado viciado. Mesma sílabas. Espaço físico que grita, apartamentos cheios de gente, espaços ausentes, poucas pessoas em tanto espaço. A outra foi despejada, o outro tomou tiro da polícia. Mais uma vez, e tudo acontece ao mesmo tempo
Prédios de fumaça, corpo de poeira, pequenas ações metódicas. Logo vem o carnaval.
Suspirou, o sol realmente se foi, até os resquícios sumiram, ela se ajeita na cadeira, observa o céu que agora mescla o preto com o azul, e enxerga qualquer beleza sem nome e de concreto.
A cidade não pára.

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