sábado, 11 de abril de 2015

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Às vezes me da uma saudade sem sentido de você.
Não é bem a saudade que é sem sentido.
É o tamanho dela. Dessa saudade. Sabe, Carlos? É de doer o peito, de fazer chorar no ônibus.
Eu já senti isso outras vezes. E como essa, também foi terrível. Tive febre e vomitei todo meu enjôo.
Hoje estou sem febre, só sinto o típico nó e aquela falta de ar que me acompanha desde a infância (quando ainda não nos conhecíamos).
Carlos, o que sera isso? Sera pela tua magreza esquiva? Olhos tontos. Dedos longos e finos. Será pelo nosso tropeçar constante?
É. Só te conto que foi bom (apesar da correria recorrente) te namorar no balcão. mesmo sem você perceber.
Foi gostoso, Carlos.
Ponto e virgula.

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