eu já nem sei seu telefone, baby
hoje acordei às seis
mas voltei a dormir
levantei, enfim, às
sete
fiz suco de laranja (tarefa de hoje: retirar artigos indefinidos do meu vocabulário)
não te contei
pra que contaria?
o transporte público não me irritou
andei a pé
garoinha típica
de Agosto
ou será de São Paulo?
o frio nessas capitais
e a solidão
eita papinho batido
frio/fria
não te contei
pequenas frases que queremos nos livrar
devolver
o troco
remexer o bolso
procurar moedas
atos
esquecidos
perdidos
o dia segue
o espaço cheio
o dia segue
seco
sem trago
na ponta da caneta
que arrasto
juntos sons
mas não lhe envio
por que o faria?
a fala me cansa (risos)
outros, outras travessias
outros, outras travessias
e contar que tudo o que escrevi está um grande lixo
o tom é agradável texto sem ritmo, cacofonia sem vontade
mas não afeta
sinto falta
te contar que está chato
que não há interesse
nem fagulha
os olhos que antes não piscavam, agora pesam
os olhos que antes não piscavam, agora pesam
nem faísca
por isso fujo
por isso fujo
ou tento
sem muito sucesso
falta, fala, a mesma fala....deter vontade de pensar... mesmo papo
falta, fala, a mesma fala....de
me falam dos ratos
do cientificismo
maneiras de compreender a realidade
antropoide
Aristóteles falar contar a saudade que me acerta tão
que saco atenta
pequenas doses
diárias
de saudade
não me interesso
mas por que que contar?
os ratos soltos
ele diz no final
que o importante é provocar
provoca?
o que?
nada
e isso me enlouquece
de tédio
e eu não te conto.