quinta-feira, 30 de junho de 2011

perdi TUDO

perdi minha poesia
talvez ela nunca tenha existido
talvez eu nem me importe
faça cena, choro falso

monotonia besta

perdi meu tempo
os dias sem fala
a ausência do sol
das flores astrais
perdi
eu perdi tudo
não ligo
tanto faz
é gim
sumiu
sumiram as folhas de papel
a tinta azul da caneta
a tua pele em lápis
o teu beijo manchado por cachaça
sem gosto
sem ato
conduta amarga
não gosto
sumiu.
foi embora
sentir
os sentidos
expressos
pela pena
é.
um dia dissolve tudo
mesmo
escrever pra que?
poesia não está nas palavras
o poeta ja dizia
Deleuze me consola

Desde quando comunicar é sinônimo de criar?
Crise
Crie crise cria silencia

distração

destruição
quebrar
desenvencilhar

Crie vacúolos de não comunicação
sussurre
segredos secretos e piratas
eita consolo besta
Bandeira, me desculpe
mas minhas estátua sumiu
ela já estava quebrada
eu a amava ainda mais
pra onde vai todo esse amor?
eita vidinha besta
a matéria vida era tão fina
é tão fina

a matéria que não é vida
é fina
tudo é vida
vive
pulsa
beija
e morre




eu perdi tudo
onde estão

eu acabei de ver aquele filme

Nome Próprio

eu

quero tanto um cigarro.


eu perdi tudo

eu perdi tudo.

eu perdi o caos

que tem em mim

eu perdi a Ana

eu perdi a Ana T.




Um comentário:

du disse...

porra Ana
que merda
porra Ana
vodka pra você
muita vodka!