Eu penso todas as noites naqueles cadernos.
Nos dois vermelhos, no preto.
O preto eram coisas mais acadêmicas sabe? Mas todas relacionadas aos Anarquismos.
Sinto saudade da folha. da textura...branca....
Sério, me sinto extremamente perdida.
Queria chorar, mas não consigo.
Aperto tão forte.
Ausência de rumo.
Não é exagero. Ponto.
Não peço pra você me entender, nem pra me consolar.
Só me escuta.
Já pensei em sair dos blogs.Sumir com a Ana T.
Mas ela já está tão distante.
Ladrão maldito. Maldito.
Fodam-se as causa sociais.
Fodam-se as lutas de classes.
Não quero saber de Foucault.
Já pensei em nunca mais escrever. Nunca mais.
Sumir de todos os meios de comunicação.
Todos.
Mas não consigo.
Preciso me expor, expor a dor. Despertar a dor.
Queria sentir uma dor física.
Algo mais concreto.
Me sinto louca, sentindo tanta coisa abstrata.
Ainda penso em parar de escrever.
Boicotar a mim mesma.
Proibir todos os impulsos.
Eles vão é virar pó mesmo, de qualquer jeito.
Porra, eu perdi tudo...
Eu olho todos os dias as estantes, vejo os livros e procuro o vermelho.
Todos os dias.
É uma dor abstrata. Isso me irrita.
Acabou Raquel, acabou.
Pára de querer continuidades, fase de destruição.
Fase de destruição.
Não! Porra! O meu eu mais vergonhosos estava lá, coisas que eu não dizia nem pra mim mesma, porra, porra, cacete!
Porra!
Me sinto perdida.
Não quero frases de auto-ajuda, não quero ouvi-las.
Que vão se danar todas elas.
"Ai, isso passa."
"Você supera...."
Que bom que passa. que bom que eu supero. porra.
Adoro ser a adolescente rebelde.
EU VOU É TOMAR UM PORRE.
Obrigada.
Não precisa nem escutar. Foda-se. Ninguém lê, ninguém escuta, falo o que eu quiser. só eu escrevo nessa merda mesmo.
Raiva.
RAIVA ENLATADA DA PORRA.
Não quero dormir com essa energia.
Vamos parar por aqui, vamos pensar em borboletas azuis idiotas voando por ai.
Fase de destruição.
Vamos deixar o passado pra lá?
No lugar dele?
Chega de amores amáveis....chega de querer reviver o que não viveu.
[eu postei isso em outro blog no dia 6 de julho.]
câmbio/desligo
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