terça-feira, 4 de outubro de 2011

renda, negócio e escritório.

burocracia demais no meu dia, transporte público, lentidão extrema, paradas bruscas que nos levam a perder qualquer equilíbrio, corporal ou não. violência. violência! meu corpo dói, a mente gira, pesa, os joelhos as pernas a garganta. pessoas do outro lado da linha respondem de maneira mecânica – sim senhora. - não senhora. - isso não consta no sistema. repartições públicas, bancos em greve, hospitais lotados, nada funciona, nada funciona, não está melhorando meu bem, não tem como melhorar, por que melhorar? Por que reformar? Vamos quebrar, estilhaçar...estilhaçar esses quadros administrativos insuportáveis. Mas não..não..querem Reformar..reformar...pequenas repartições, inúmeras repartições, espaços específicos, faça isso aqui, aquilo ali, malditas teorias sociológicas. céus. o editor de texto implica com minhas letras iniciais minúsculas. Isso me irrita muito, acho que vou desistir. Fodam-se as letras. Foda-se a estética. Tenho idéias, mas não consigo escrever, quero falar sobre girassóis, girassóis em garrafas de cerveja que percorrem a cidade cheia de transito e caos, girassol embaixo de uma lua. Quero falar da falta do seu toque, de amor, leveza, ternura, mas não consigo. O corpo estranha a presença, não acho posição, me mexo incessantemente, mordi as pontas dos dedos. Na fila do correio uma menina estática olhando para os lados, um sorriso estranho, pesado, no transporte público um senhor sem uma perna pede ajuda, tal cena gerava um contraste com aquele cartaz patético de denuncias do metrô, afinal, se um vendedor ambulante se aproximar de você, denuncie-o. Conte as características do infrator, conte para nós. esses vagabundos que não fazem nada alem de vadiar, vagabundos! Não encoste em mim, não encoste.
Eu quero respirar, quero quebrar as pardes e respirar. Quero escrever. Mas não consigo. Estou com uma energia pesada, quero um chá e um pedaço de bolo. Dormir..dormir.
Só quero me comunicar assim, desse jeito mal feito e como sempre com doses de desespero.
Drama, mais uma dose de drama, por favor! e outra de pinga, logo. logo, meu bem!

câmbio/desligo

beijos da
Ana T.

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